Os Ritos de Passagem da Natureza, da Vida

Os Ritos de Passagem da Natureza, da Vida

Data: 7 de julho de 2019

Observando os ciclos da natureza verificamos que o inverno antecede a primavera, a neve é passagem para o encantamento com as tulipas, a luz que na noite se oculta é aquela que o dia saúda, o grão morre para depois germinar, nascimento e morte das estrelas, são Ritos de Passagem que revelam uma etapa necessária ao novo, ao renascer, algo que impele a avançar.

Basta observarmos para verificar que estes Ritos de Passagem ocorrem também dentro de nós. As alegrias se alternam às dores do soma e da alma. O nascer pressupõe atravessar o parto!. Antes da existência da anestesia, durante séculos, a humanidade conviveu com as dores de parto. As mães, naturalmente, só podiam contemplar os Sóis Radiantes de seus ventres se passassem pelo parto. No entanto, acaso a mãe com o filho no colo fica presa às dores do parto?. Ao contrário, o ressignificado que a nova vida transfere à sua humanidade tende a ser imensamente maior.

Os cálices que as circunstâncias da vida nos oferecem, antes que afastá-los para longe, deveriam ser tragados, bem elaborados, processados, com o risco de evoluírem para transtornos, psicoses. “Onde há tensão a energia não circula e a dor se instala”.

Gostaríamos de afastar todas as dores, perdas traumas, derrotas, frustrações, insucessos, pois na dor, é humano não compreender estes Ritos de Passagem para algo que poderia nos tornar mais humanos, fato que se constatará quando as circunstâncias forem superadas, mas não necessariamente eliminadas.

O Rito de Passagem alcança maior profundidade quando o humano se transmuta no divino, sendo ressignificado pelo Filho do Homem, que morreu no humano para ressurgir na Glória do Filho de Deus, como primícias de todos os homens.

Acaso se respira o ar mais puro da montanha se não se subir ao cume?

Para a Glória de Deus-Pai.

Que a alma cresça, o coração transborde e o espírito se liberte.

(Claudio A. Bonjardim)

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