O ser humano, um ser relacional

O ser humano, um ser relacional

Data: 30 de julho de 2019

É da natureza humana se relacionar, quer seja consigo, com os outros humanos, seja na intimidade ou nas generalidades, ou ainda na atuação profissional, com os animais, com o meio ambiente, enfim, com o universo. Através destas relações, nos firmamos como pessoas, trocando, dando e recebendo, nos construindo e ajudando a construir. As variadas experiências vão nos possibilitando o crescimento como indivíduos, moldando nossas personalidades, nos capacitando pessoal e socialmente. O crescimento harmônico do Ser requer equilíbrio destes componentes do todo relacional. Exacerbar ou negligenciar quaisquer destes aspectos do Ser podem gerar conflitos tanto internos, quanto externos.

Na relação consigo, tanto o soma, quanto o psíquico, devem receber particular atenção. Conhecer-se, tendo consciência dos limites do corpo, de suas qualidades, talentos e competências, é tão necessário e importante quanto ter consciência dos seus limites, e de suas inabilidades. A liberdade que nasce da relação harmônica do ser, pressupõe o profundo conhecimento de si, que enfim liberto de fobias, entraves psíquicos decorridos de vivências mal elaboradas, os quais podem necessitar de auxílio profissional, possibilita ao indivíduo identificado com sua verdadeira personalidade, assumir seu papel nas relações pessoais e sociais, oferecendo de forma transparente sua contribuição específica na construção da sociedade, da polis. Portanto, todo indivíduo é um ser político.

Reconciliar-se consigo mesmo pode ser um bom começo para o conhecimento pleno. Os sentimentos de culpa, medo, baixa auto-estima, inferioridade, incompetência, etc, ou do lado oposto, arrogância, prepotência, intolerância, superioridade, egoísmo, dominação, etc, são sentimentos que denotam desequilíbrio, insegurança, infantilidade, questões mal-resolvidas e como dito acima podem necessitar de auxílio profissional. Quando o indivíduo tem uma boa relação consigo, há um equilíbrio emocional, ele é capaz de se gostar, valoriza o que é, e se amar é condição fundamental para poder se relacionar com outros indivíduos, pois não se troca o que não se tem. Dá-se amor, quando se tem amor!……

Como é esta relação consigo mesmo?.

Há, no entanto, uma outra dimensão do Ser, que é o Ser Espiritual. Tão, ou ainda mais importante quanto às anteriores, pois esta dimensão unifica e harmoniza todo o ser, constituindo a essência mais profunda do EU. Sua negligência impede ainda mais o desenvolvimento pleno do humano. O mergulho nessa profundeza nos aproxima mais e mais do verdadeiro, autêntico, EGO SUM. A face sagrada do humano, sua completude, o Santo, a descoberta da verdadeira identidade com a imagem e semelhança do Espírito Supremo, Deus (2Cor 3, 18), que nos constitui e é Amor em essência.

Sabemos, pela experiência humana, que a expressão máxima do amor entre duas pessoas se materializa através dos filhos. O Amor não se basta a si, quer se expandir, multiplicar, gerando novas vidas. Quanto maior este paralelo frente ao Amor de Deus?!!. Tenho pra mim que “se tão pouco soubéssemos que a vida nos foi comunicada para que participássemos da Plenitude D’aquele que tem em si a Vida, não faríamos da nossa existência uma posse, mas antes uma oferenda”. Portanto, a Espiritualidade nos escancara a porta do Ser Pleno, vibrante, harmônico, feliz, ao mesmo tempo comprometido, em paz e em comunhão consigo e com o universo, irmanando tantos humanos quantos fizerem este mergulho, na comunhão dos Santos….

Como é sua relação com o Eu Espiritual?.

2Cor 3, 18: “E nós todos que, com a face descoberta, refletimos como num espelho a glória do Senhor, somos transfigurados nessa mesma imagem cada vez mais resplandecente, pela ação do Senhor, que é espírito“.

SET/2018

Para a Glória de Deus-Pai !!!

(A Flauta doce Claudicante)

“Que a Alma cresça, o Coração transborde e o Espírito se liberte”.

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