Yoga na Menopausa

Para a maioria das mulheres, o período que vai do fim dos quarenta ao fim dos cinqüenta anos é quase uma outra puberdade. É uma época de muita flutuação, anunciando a morte do que é confortável e o nascimento da incerteza (como quando você tinha treze anos), e depois o ressurgimento da criatividade e do conforto.na verdade, há dois ou três momentos na vida de uma mulher em que o mundo fica de ponta-cabeça: na puberdade, na gravidez e na menopausa. Essa flutuação me faz lembrar de uma coisa que aprendi em um trabalho de ciências da sétima série: nada muda sem um catalisador. Em geral, o que nos faz mudar de comportamento, de emprego, de relacionamento, é a insatisfação, a ansiedade, a raiva ou a frustração, em outras palavras, uma ebulição emocional que nos força a tomar decisões.

Parece que o corpo não é diferente: para haver uma mudança (química, emocional, espiritual), os hormônios da mulher têm que entrar em ebulição, causando agitação e desconforto. De repente, a rotina normal não funciona mais. Ela não dorme mais como antes; fica com raiva de coisas que antes tolerava; odeia mudanças nas forma do corpo; quer a atenção dos outros, do marido, do namorado, mas ao mesmo tempo quer ficar sozinha. Quando tudo se acalma, o corpo dá à luz alguma coisa nova e mais forte- uma jovem mulher capaz de gerar vida (pós-puberdade), uma mãe capaz de alimentar a vida à sua volta (pós-parto) ou uma mulher sábia, capaz de orientar a vida à sua volta (pós-menopausa). Nesses momentos, as mulheres têm que se respeitar e cuidar umas das outras, para que cada metamorfose faça surgir uma voz nova e mais poderosa.” (Linda Sparrowe e Patrícia Walden”

A menopausa é uma fase de importantes mudanças na vida da mulher. Nessa época, a produção hormonal torna-se irregular e freqüentemente começam a surgir sintomas bastante desagradáveis.

Sem uma causa aparente, surge irritação constante perturbando a tranqüilidade do dia-a-dia, ou então sobe ao rosto uma onda de calor e enrubecimento. Outro sintoma muito freqüente é a insônia, que começa gradualmente, provocando dificuldade para dormir de vez em quando e que depois se instala como um fato diário, causando muito cansaço. Essas situações desconhecidas trazem insegurança e perplexidade.

Ela percebe que suas reações estão mudadas, sua atitude está mais pessimista e impaciente e, às vezes, até mesmo acredita que as pessoas à sua volta é que já não são simpáticas como antes. Surge um desânimo e uma irritação constante com todos.

Que será que vai surgir amanhã ou depois?

É muito importante informar-se sobre o que está acontecendo.

Mas a menopausa não se apresenta com as mesmas características para todas as mulheres. Foram feitos estudos  que constataram que em diferentes ambientes socioculturais a menopausa é vivida e sentida de maneiras diferentes. E até num mesmo grupo a menopausa apresenta características bem diversas, dependendo de certos fatores que analisaremos mais adiante.

Por exemplo, no Japão, onde a velhice é respeitada por sua sabedoria, as mulheres aceitam bem a menopausa e queixam-se de relativamente poucos sintomas.

Na Índia, também, as mulheres apresentam poucos sintomas e esperam pela menopausa alegremente, pois esta lhes dará maior liberdade (não precisarão mais viver reclusas, nem se vestirem com tanto recato e usar véus).

O mesmo acontece com as mulheres árabes pertencentes a um grupo que foi estudado em Israel.

Também em alguns grupos da África, a menopausa é recebida com alegria, porque marca o início da liberação sexual.

Porém não sabemos se essa reação observada é conseqüência apenas de fatores culturais ou se já há também diferenças fisiológicas ligadas à etnia. Não se tem conhecimento de estudos comparativos do declínio hormonal nos diferentes grupos étnicos estudados.

Nos estudos que encontramos sobre menopausa, costuma-se dar sempre ênfase ao seu aspecto negativo, salientando-se principalmente os sintomas e doenças ligados à baixa hormonal.

Esta é uma atitude característica de sociedades como a nossa em que se dá muito valor à juventude e à fertilidade. Aqui, freqüentemente ao chegar à menopausa, algumas mulheres, embora não tivessem planos de ter mais filhos, entram numa crise emocional por se sentirem incapazes de engravidar – é aquela sensação do “nunca mais”. Acham que vão envelhecer e acabam procurando tomar medicação hormonal na tentativa de retardar o envelhecimento que é muito temido e rejeitado. Isso é curioso, porque esta é uma reação emotiva que não combina com nossas idéias atuais. No caso da mulher sem filhos então essa crise é mais séria, porque realmente é a constatação do término definitivo dessa possibilidade.”  (texto do  livro: Yoga Terapia Hormonal para MENOPAUSA”, Dinah Rodrigues)


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