ASTEYA

ASTEYA

Data: 26 de janeiro de 2020

ASTEYA

 

ASTEYA – esta palavra significa “não roubar”. Certamente, há o roubo das coisas materiais. Muitas vezes rouba-se por mania (cleptomania), por necessidade material e, na maioria das vezes, por cobiça e por outras razões. Com esse tipo de roubo, estamos acostumados, pois é fato corriqueiro na imprensa.

Mas, há outras formas de roubar. Pode-se roubar coisas mais sutis, mais subjetivas. Podemos até roubar a nós mesmos. Vamos ver de que modo.

Quando não temos paz na nossa mente, quando a mente é confusa, cheia de pensamentos desconexos, somos roubados na nossa capacidade de discernir. Perdemos a serenidade e a paz, necessários para que possamos tomar decisões corretas. Os pensamentos dispersos e confusos são uma espécie de “ladrões da mente.” Isso é uma forma de roubo sutil do que fala Cristensen. Quanto mais fragmentado se torna nosso pensamento , mais nos tornamos incapazes de alcançar nossos objetivos. Roubamos de nós mesmos a capacidade de alcançar metas.

Podemos roubar dos outros a esperança, com nossas palavras de desestímulo, com o nosso pessimismo. Podemos roubar dos outros a fé, do mesmo modo. Podemos roubar a confiança no futuro, podemos roubar os idéias de uma pessoa com nossas palavras e com nossos atos. Há muitas formas de roubo e algumas são muito expressivas. Para evitar isso tudo, devemos ter a mente clara e sobre esse assunto, Patânjaly diz: “A mente se torna mais clara pelo cultivo da cordialidade, compaixão, alegria, e indiferença em relação à felicidade ou infelicidade, virtude ou vício, respectivamente.”.

Nossos próprios pensamentos podem provocar roubos nas nossas vidas. Meu pessimismo pode roubar minha própria esperança, minha confiança e auto-estima. Nossos maus hábitos também podem nos destruir. Devemos sempre lembrar que há em nós, forças inconscientes poderosas que nos impulsionam para que sejamos como somos.

A prática da Yoga, principalmente a meditação desfazem essas forças, tornando a mente clara e livre. Na medida em que essa clareza aumenta, nos tornamos cada vez mais capazes de decidir acertadamente, e cada vez menos seremos roubados  nos nossos objetivos.

Os relacionamentos amorosos, na sua maioria, apresentam uma forma sutil de roubo. Quando exigimos a atenção ou demonstração de afeto permanente por parte do outro, isso é uma forma de roubar a outra pessoa. Nesse caso, o outro é roubado na sua paciência, no seu tempo, no excesso de consideração. Assim “sufocamos” o outro com nossas exigências.”

(Acharya Kalyama)

 

“A honestidade nutre o caráter reto mesmo diante das tentações mais sedutoras.”

Abraços de coração para coração

Angela Campelo

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